Diversos países e empresas têm projetos relacionados à rede sucessora do 5G.
Enquanto a rede ultrarrápida do 5G deve começar a funcionar efetivamente no Brasil apenas em 2022, a China já pensa além: está de olho na internet 6G, que deve entrar em operação até 2030. De acordo com Wang Jianzhou, ex-presidente da estatal de telefonia China Mobile, o país está estudando formas de implementar a nova tecnologia.
Durante discurso de abertura num evento, Jianzhou abordou as perspectivas para o 6G, como a promessa de velocidades até 100 vezes maiores que no 5G. O agora consultor sênior da Global Mobile Communications Association (GSMA) comentou que a internet de sexta geração deve começar a ser implementada em seu país em aproximadamente oito anos.
Wang também explicou que o 5G está num estágio inicial, mas os estudos para a rede sucessora já estão em curso. “Enquanto estamos construindo o 5G, o 6G já começou”, comentou. Ele disse que é preciso acelerar a pesquisa e o desenvolvimento da futura rede.
Apesar de deter uma posição de destaque nesta área, a China não é a única que deu largada nas pesquisas sobre o 6G. Fabricantes como Apple e Samsung tocam projetos para implementar uma internet ainda mais rápida. A Nokia lidera as pesquisas na Europa e deve trabalhar em conjunto com fabricantes como Ericsson e Siemens, além de operadoras de telefonia conhecidas na região. A Huawei também participa desta corrida, com as primeiras análises sobre 6G em 2019, no Canadá.
A Xiaomi declarou em 2020 que estava dando os primeiros passos para entrar no grupo de pesquisadores que querem entregar a próxima geração de rede. O Japão investiu com verbas públicas um valor capaz de iniciar pesquisas nesse sentido. A região se destacou em 2020 por registrar o primeiro chip capaz de transmitir dados a 11 Gb/s, o que pode ser útil na era do 6G.
Mesmo com tantas empresas e países na disputa, é preciso lembrar que a materialização do 6G demore alguns anos para de fato acontecer. Por enquanto, vale voltar as atenções para a conexão 5G, que ainda está longe de se popularizar. No Brasil, o tão esperado leilão de radiofrequências aconteceu neste ano e a expectativa do governo é de que a conexão chegue às capitais no primeiro semestre de 2022.
Com informações de Gizchina
Fonte: Tech tudo