A resposta é “não”.
É possível descobrir a localização aproximada do aparelho mesmo após o sistema ser “formatado” (redefinido para os padrões de fábrica). O procedimento, nesse caso, seria através do IMEI, o número único de identificação do aparelho que é fornecido às operadoras. O rastreamento teria que ser feito na rede de telefonia, com pedido à Justiça. Você não tem acesso a esses dados.
Por isso, na maioria das vezes, não vale a pena tentar rastrear o telefone. Em vez disso, a operadora e a polícia devem ser comunicadas para que o IMEI entre na lista nacional de bloqueio, o que vai impedir o telefone de ser utilizado em redes celulares brasileiras.
“É importante entender que o bloqueio do IMEI não bloqueia o aparelho em si. O smartphone só fica impedido de se conectar às redes de telefonia móvel. Também é possível tentar manter um programa de monitoramento após o celular ser redefinido. No Android, você quase sempre necessitará de acesso “root” para isso. A habilitação de root fragiliza a segurança do smartphone, então não é um procedimento recomendado.”
Além disso, o ladrão poderia contornar essa medida reinstalando completamente o sistema do smartphone.
Resumindo:
Felizmente, isso não significa que você está indefeso.
Os celulares são regularmente atualizados com novos recursos que dificultam o uso de aparelhos roubados. Desde a versão 5 (“Lollipop”), o Android conta com o Factory Reset Protection (FRP), ou “proteção de redefinição de fábrica”.
“Esse recurso detecta uma restauração de fábrica forçada (feita com os botões do aparelho) e exige que você digite a senha da conta Google quando o celular for iniciado após o procedimento.”
O iPhone tem exatamente o mesmo recurso, porém com outro nome: “Bloqueio de Ativação”.
Para estar protegido, você só precisa configurar um bloqueio de tela e cadastrar uma conta Google ou Apple no celular (para Android e iOS, respectivamente).
Dessa maneira, quem roubou seu celular será obrigado a encontrar alguma vulnerabilidade no sistema ou invadir a sua conta Google para conseguir passar pelo bloqueio de redefinição. Sem isso, não será possível usar o telefone – mesmo que seja possível redefini-lo.
Não é incomum que, após o roubo de um telefone bloqueado, criminosos tentem enviar e-mails ou mensagens para a vítima (você, no caso) para conseguir acessar a sua conta Google ou Apple e desbloquear o smartphone. Caso você se encontre nessa situação, redobre os cuidados e troque sua senha.
Se o seu celular não tiver bloqueio de tela, o prejuízo será ainda maior. Você terá de trocar as senhas de todos os serviços que estavam cadastrados no celular, como redes sociais, lojas de e-commerce e até apps de entrega de comida. Tudo isso será útil para os bandidos.
Fonte: G1 Tecnologia