Para se aproximar ainda mais das pessoas – e, consequentemente, vender mais – os departamentos de marketing das empresas precisarão reforçar suas parcerias com outras áreas de negócios das companhias, principalmente para acompanhar as jornadas de consumo cada vez mais híbridas.

Aumento do peso dos canais digitais. Tal aproximação a áreas como tecnologia, suprimento e recursos humanos, por exemplo, não é novidade – mas foi acelerado nos últimos 3 anos, em função, principalmente, da pandemia e do peso dos canais digitais para o relacionamento com os clientes.

O crescimento de áreas como inteligência de dados, conteúdo e ESG são os temas que constarão nos planos de marketing do ano que vem – e que deverão receber mais atenção e, consequentemente, maior investimento.

Este é um dos principais achados apontados pelo relatório Marketing Insights 2023, produzido pela GoAd Media, que conta com patrocínio do UOL e apoio da Associação Brasileira de Anunciantes (ABA).

O documento analisa movimentos e tendências que deverão moldar a agenda do marketing e de seus profissionais ao longo do próximo ano.

“Definitivamente, as pessoas não acordam pensando em publicidade. Mas, ao longo de suas jornadas e rotinas diárias, são impactadas, centenas de vezes, por mensagens e abordagens das empresas. É uma responsabilidade que recai não apenas na performance dos negócios, mas também na construção de um futuro possível e sustentável” – José Saad Neto, head de insights da GoAd.

Segundo Saad, fatores externos às áreas de marketing – de natureza social, econômica, política e tecnológica – trarão cautela em alguns campos e promessas de inovação em outros.

Aliados a esses fatores externos, surgem as mudanças que o relatório define como “movimentos sistêmicos”, alterações internas das empresas que influenciam os planos para 2023:

• integração entre marketing e tecnologia,
• consolidação da transformação digital vivida nos últimos anos e
• obrigatoriedade de uma maior agilidade para lidar com cenários incertos.

No relatório, tais temas estão divididos em quatro áreas estratégicas, sinalizando importantes pontos de atenção (e ação) para o marketing no próximo ano. Confira:

• Inteligência de dados e tecnologias emergentes: a corrida pelos dados primários dos consumidores, aqueles captados pela própria empresa por meio de seus canais de contato com os clientes; a automação do marketing e experiências imersivas com realidade aumentada;
• Mídia & Storytelling: segundo o relatório, os consumidores terão cada vez mais pontos de contato com a marca, em diferentes contextos – seja ele em TVs conectadas, em mídia exterior conectada ao mundo digital, game, criadores de conteúdo e até mesmo dentro das plataformas de e-commerce;
• Humanismo Corporativo: além de consumidor estar realmente no centro dos negócios das empresas, o relatório aponta que a capacitação das equipes, principalmente em habilidades em análise de dados e em tecnologia de marketing, será ponto chave para o marketing no ano que vem;
• Consolidação do ESG: O propósito fará, enfim, parte da estratégia fundamental de negócio das empresas, principalmente em relação a responsabilidade ambiental, diversidade e inclusão.

Fonte: Economia UOL