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Por que líderes precisam saber sobre tomada de decisões

Por que líderes precisam saber sobre tomada de decisões

28 de junho de 2022 / Consultoria / por Comunicação Krypton BPO

Processo de tomada de decisões influencia na rotina da empresa e deve ser feito com planejamento e embasamento – especialmente na gestão de pessoas.

Uma das tarefas mais importantes de um líder é tomar decisões. O processo de tomada de decisão, embora possa parecer simples à primeira vista, é complexo e requer paciência, conhecimento e estratégia. Esses requisitos devem ser utilizados em decisões que envolvam qualquer setor de uma organização, inclusive algumas das mais sensíveis para o sucesso da empresa – as decisões sobre gestão de pessoas.

É preciso entender, primeiramente, qual a importância da tomada de decisões para um líder. Esse processo pode ser definido como um conjunto de ações tomadas por um gestor – ou um conjunto deles – para determinar os próximos passos que serão adotados para o sucesso de um projeto ou da organização como um todo.

Com o objetivo de tomar sempre a melhor decisão para a empresa, todo o procedimento deve ocorrer com base em conhecimentos técnicos, experiência profissional e inteligência emocional. Afinal, decisões erradas podem provocar prejuízos, perda de capital humano e até mesmo serem fatais para uma empresa.

De acordo com pesquisa realizada pela YouGov/Tableau, 50% dos líderes de empresas no Brasil avaliaram que as decisões da organização estavam sendo tomadas sem o embasamento de dados e informações necessárias – um problema que foi agravado durante a pandemia.

Por outro lado, 92% dos entrevistados reconhecem que o uso eficiente de informações úteis acelera a tomada de decisões e 85% afirmam que decisões embasadas melhoram a reputação das empresas.

A importância de tomar decisões certas na gestão de pessoas

Percebe-se, assim, que muitos líderes querem tomar decisões acertadas, mas não sabem como fazê-lo. Esse impasse é especialmente relevante para as decisões sobre pessoas, que geralmente são relegadas, mesmo nas maiores empresas, a um nível subjetivo.

“Grande parte das organizações não sabe como tomar as melhores decisões em relação a nomeações”, avalia Claudio Fernandez Araoz, especialista em liderança e talentos e professor da Harvard Business School. “As decisões sobre pessoas ainda são muito primitivas, baseadas em impressões imediatas e subjetivas”, explica.

Segundo Claudio, as decisões tomadas sobre gestão de pessoas são geralmente vistas como um “problema menor”, como um assunto que qualquer pessoa consegue resolver. “Elas não são consideradas, por exemplo, com a mesma importância que as decisões financeiras”, diz. “Quando um CEO quer tomar uma grande decisão financeira, conta com o apoio de especialistas, contadores e economistas. Quando o assunto é uma decisão sobre pessoas, não. Muitas vezes elas são baseadas em impressões instintivas, sem embasamento”, explica.

Esse é um problema grave: afinal, fazer nomeações erradas pode ter um custo tão alto para a empresa quando alocar indevidamente recursos financeiros. Selecionar profissionais que não se encaixam nos cargos disponíveis pode levar a queda de produtividade, falhas de comunicação, problemas de liderança e confiança e perda da credibilidade da empresa.

“Se a empresa puder contratar o trabalhador mais produtivo para aquele cargo – especialmente se tratar-se de um cargo de liderança -, ela tem a obrigação de fazê-lo. Caso contrário, os diretores e gestores vão arcar com o custo de oportunidade de não contratar a pessoa certa para o trabalho”, alerta Claudio.

Como tomar boas decisões sobre pessoas

Felizmente, indicar pessoas corretas é uma prática que pode e deve ser aprendida por líderes e gestores. Caso você seja um líder responsável por gestão de pessoas, alguns passos podem ser seguidos para aumentar as chances de sucesso na hora de tomar uma decisão.

Saiba quando uma mudança de pessoas é necessária na organização. “A tendência é mudar quando uma pessoa não está com a produtividade esperada; mas essa não é a atitude correta. As mudanças devem ser pensadas não olhando para o passado, mas para o futuro”, alerta Claudio.

Planeje como as mudanças devem ser realizadas, o que envolve decisões sobre contratar novos profissionais ou promover funcionários da empresa. A chave, aqui, é olhar para as necessidades da organização e para quem melhor pode atendê-las. Por exemplo, um profissional da empresa pode ter uma ótima performance em um trabalho simples, mas quando é promovido para uma função mais complexa, não obtém bons resultados.

Saiba o que procurar nos candidatos: quando contratamos alguém, geralmente consideramos principalmente a trajetória acadêmica e a experiência profissional. Esses requisitos são importantes e devem estar presentes em qualquer pessoa que vá ocupar um cargo de liderança, mas não são os únicos pontos a serem analisados. “É importante considerar sempre a inteligência emocional – a capacidade de ter empatia e autocontrole, de resolução de problemas, de autoconhecimento. O fator que vai determinar o sucesso ou fracasso de pessoas inteligentes e experientes é precisamente a inteligência emocional”, diz Claudio.

Saiba como procurar os candidatos: procure tanto dentro quanto fora da organização e sempre considere uma grande quantidade de candidatos, especialmente em seleções para cargos de liderança. Assim, você terá mais chances de encontrar alguém com as competências relevantes para o cargo e promover ou contratar o melhor profissional.

Saiba como avaliar os candidatos: evite a tentação de fazer julgamentos rápidos e baseados na familiaridade. Use as melhores ferramentas e técnicas de avaliação disponíveis e modelos comprovados para identificar as competências relevantes, além de entrevistas e checagem de referências.

Deixe profissionais guiarem a seleção: todo o processo deve ser realizado por profissionais de Recursos Humanos que tenham familiaridade com o trabalho. Embora a decisão final seja da liderança, as informações devem ser colhidas por profissionais qualificados. “São pessoas que foram treinadas em técnicas de avaliação e que têm a motivação certa para realizar uma avaliação válida”, explica Claudio.

O papel da checagem de referências na decisão sobre pessoas

Todos esses passos devem ser seguidos na hora de tomar decisões corretas em um processo de seleção e recrutamento. Mas, na hora de escolher um profissional para sua empresa, é importante se ater com muita atenção a um ponto: a checagem de referências.

É essa checagem que fornece ao líder que vai tomar a decisão final as informações necessárias para embasar o seu parecer.

Afinal, o gestor deve evitar a ingenuidade de simplesmente acreditar em tudo o que os candidatos falam durante o processo seletivo – mentiras no currículo e durante as entrevistas infelizmente são comuns.

“É preciso fazer um trabalho investigativo para saber como, quando e em que situação o candidato aplicou as habilidades necessárias para o cargo. Em suma, deve-se confirmar que as pessoas conseguem de fato fazer aquilo que dizem fazer e que o cargo exige”, comenta Claudio Fernandez.

Além disso, a checagem de referências ajuda a avaliar o comportamento ético, o perfil e a inteligência emocional do candidato, ao esclarecer questões relativas a como ele se relacionava com as pessoas com quem trabalhava, como lidava com situações de tensão, etc.

Contratando pessoas certas para os cargos certos

Em resumo, qualquer líder ou gestor deve ter em mente essas recomendações ao tomar uma decisão sobre gestão de pessoas:

mude a mentalidade: decisões sobre pessoas são tão importantes quanto outras questões da empresa, como decisões financeiras. Leve o processo a sério e tenha a seu lado profissionais de RH qualificados;

se eduque: embora a seleção seja realizada pelo setor de RH da organização, o gestor também deve ter conhecimentos sobre gestão de capital humano. Afinal, cabe a você a decisão final sobre a promoção ou contratação;

pratique a disciplina: como toda tomada decisões nas organizações, as decisões sobre pessoas levam tempo e devem ser feitas com cuidado. Respeite o prazo para seleção de candidatos, realização das entrevistas e verificação das recomendações.

Fonte:Administradores.com

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