Muitas empresas brasileiras não dão a devida importância à segurança da informação. De acordo com um estudo do IDC, uma em cada cinco empresas nacionais não usa nenhum tipo de antivírus corporativo para proteger sua estrutura de rede. E outras até usam antivírus, mas confiam em soluções gratuitas.

Com o avanço da tecnologia e consequentemente das ameaças digitais, é inacreditável encontrar empresas que ainda hoje colocam o seu negócio em risco ao optar por soluções que “quebram um galho” para computadores de casa. 2017 foi o ano de ciberataques mundiais e muitas empresas só começaram a pensar na prevenção após ter o seu negócio interrompido. A estimativa é que esses ataques devem somar R$ 6,5 trilhões em prejuízos às empresas até 2019.

Programas de proteção para empresas tornaram-se indispensáveis para garantir a segurança dos dados e utilizar versões gratuitas está longe de ser uma boa prática de segurança da informação.

Mas afinal, vale mesmo a pena investir em antivírus? Confira as principais diferenças entre os antivírus pagos e gratuitos e entenda o porquê esta deve ser uma preocupação constante.

Mais recursos
É fato que o objetivo das empresas ao permitir a utilização de uma ferramenta sem custo é divulgar o produto para que estes clientes paguem por versões mais completas e com mais recursos que realmente garantem uma proteção total dos sistemas.

Normalmente um antivírus gratuito possui recursos de varredura e exclusão dos vírus apenas no computador local e não garantem a proteção em relação a navegação em sites suspeitos, e-mail ou mensageiros instantâneos.

Esta pode ser uma boa opção para usuários residenciais, mas coloca em risco a utilização em uma empresa que possui vários usuários acessando diferentes sistemas e sites ao mesmo tempo.

Proteção da rede
A maioria dos antivírus pagos costuma oferecer soluções de segurança para e-mails, acesso à internet e acesso à rede, funções que dificilmente são encontradas em uma versão gratuita. Esta proteção oferece mais confiança aos gestores e evita grandes desastres.

Quando não há essa segurança na rede, o acesso a sites maliciosos realizado por apenas um usuário pode comprometer todo o ambiente de TI da empresa. Alguns vírus são desenvolvidos para varrer toda a rede e danificar arquivos, podendo fazer com que todos os usuários sejam afetados e parando a produtividade até que tudo seja resolvido. E muitas vezes um problema assim deixa sequelas por um grande período.

Painéis de controle centralizados
Gerenciar dezenas ou centenas de computadores em uma empresa não é uma tarefa fácil. Quanto mais automatizados puderem ser os processos, mais a empresa ganha em produtividade e reduz os riscos de falhas humanas.

Muitos antivírus pagos são oferecidos na modalidade cliente/servidor. Ou seja, eles possuem um painel de controle que gerencia todos os antivírus clientes instalados na rede, permite que sejam atualizados a distância e oferece uma visualização detalhada sobre o status de cada estação de trabalho.

Quando se utiliza um antivírus gratuito, não há uma gestão centralizada e se torna mais difícil a identificação de problemas. É comum ser encontrado nas empresas antivírus que apresentaram problemas na instalação e não inicializam mais, ou estão desatualizados. Essa gestão jamais pode ficar sob responsabilidade dos usuários, e torna difícil para os analistas de TI identificarem estas falhas sem uma ferramenta adequada.

Suporte
Por ser uma solução sem custo, as empresas que oferecem antivírus gratuitos não costumam oferecer nenhum tipo de suporte para estas versões. Algumas até oferecem, mas não garantem nenhum prazo para reposta ou solução.

As empresas que oferecem soluções de antivírus pagas, especialmente aquelas desenvolvidas para ambientes corporativos costumam oferecer um suporte com prazos de resposta e solução garantidos em contrato. Em uma eventual emergência, este tipo de acordo pode salvar uma organização de um desastre, auxiliando a equipe de TI a solucionar os problemas da maneira mais rápida e adequada, minimizando assim os impactos para o negócio.

Fonte: Portnet