O Google anunciou em 12 de setembro de 2019 a alteração nos algoritmos de busca da plataforma. O intuito, segundo a empresa, é privilegiar notícias originais, produzidas pelo site que as publica, quando alguém procura algo específico. Por enquanto, a novidade só está disponível para quem utiliza o navegador em inglês, mas em breve deve se estender para outras línguas, inclusive português.
Em entrevista ao ABC News, o CEO da News Media Alliance – representante de 2.000 publicadoras nos EUA e Canadá, David Chavern –, afirmou que jornalistas pedem esta mudança há anos. “Os algoritmos do Google são totalmente opacos”, acrescentou. “Então, embora possam dizer que os estão alterando de alguma forma, ninguém sabe como eles são realmente alterados ou que efeito eles realmente têm”.
Richard Gringas, vice-presidente do Google, disse que as alterações vão ajudar a plataforma a reconhecer melhor as matérias originais e mostrá-las com maior destaque nas pesquisas, além de garantir que elas permaneçam mais tempo no topo.
Gringas afirmou, em um post no blog da companhia, que os algoritmos servem para organizar os conteúdos de maneira útil. Para ajustá-los, a empresa conta com a ajuda de mais de 10 mil avaliadores, em todo o mundo. Eles fornecem um feedback sobre o que é mais relevante. Ele ressaltou que essa avaliação não altera a classificação dos resultados apenas é utilizada como base para aprimorar os algoritmos.
Ainda segundo o post de Gringas, os princípios nos quais esses avaliadores se baseiam são mapeados pelas diretrizes do próprio Google.
Para exemplificar: a empresa afirmou que, na seção 5.1 das diretrizes, há a instrução para que os textos que “fornecem informações mais aprofundadas, originais e que exigiram tempo e esforço” sejam classificadas como postagens de “mais alta qualidade”.
Além disso, na seção 2.6.1, pedem que os avaliadores priorizem sites “premiados”. Prêmios como o Pulitzer evidenciam uma reputação positiva, diz o Google.
Essa medida faz parte de um esforço do Google para encontrar novas maneiras de trabalhar com o setor de notícias.
Fonte: Msn