Executar determinadas ações pode comprometer o bom funcionamento do sistema operacional ou fazer o computador parar de funcionar de vez
Deletar a pasta System32, editar o registro e formatar o disco rígido do computador a partir do prompt de comando são exemplos de ações que podem trazer graves prejuízos para o funcionamento do Windows. É preciso ter cuidado especial ao manipular arquivos e páginas, uma vez que algumas alterações são definitivas: não podem ser desfeitas e trazem riscos à sua máquina. Pensando nisso, o TechTudo preparou uma lista com detalhes de sete comandos perigosos do sistema operacional da Microsoft.
1. Deletar a pasta System32
Presente desde o Windows 95, a pasta System32 é um dos componentes centrais do software da Microsoft. O diretório abriga as chamadas bibliotecas do Windows, arquivos com extensão DLL que são fundamentais para o bom funcionamento do sistema e também de uma série de programas. O simples ato de mexer em qualquer item da pasta System32 já é o suficiente para causar problemas no Windows, desde travamentos até a exibição da temida tela azul.
Por isso, nem pense em deletar manualmente ou acionar qualquer comando que elimine esse diretório. Apagar a System32 deixará o sistema instável e impedirá o usuário de acessá-lo depois de reiniciar o computador. Para corrigir o problema, só restaurando o Windows ou reinstalando o sistema.
2. Desligar a internet permanentemente
Um comando executável direto no prompt do Windows é capaz de desabilitar a internet do computador para sempre. Ao contrário de ajustes feitos a partir da central de rede e compartilhamento, a mudança aplicada pelas linhas de código não pode ser desfeita. Por isso, se você desconhece princípios de programação, evite mexer nas configurações de internet através do prompt de comando.
3. Formatar o disco rígido
Formatar o disco rígido pelo prompt de comando do Windows não é aconselhável para usuários leigos. A interface e a linguagem do prompt não são amigáveis e podem facilmente induzir a erros. Além disso, vale ressaltar que o comando é irreversível. Caso queira formatar o HD e instalar uma nova versão do sistema operacional, dê preferência ao procedimento executado pela mídia original do Windows.
4. Editar o registro
O registro do Windows é uma espécie de banco de dados que armazena informações importantes sobre o sistema operacional e os programas nele instalado. Por isso, mexer nele não é uma tarefa trivial e tampouco algo para ser feito por qualquer pessoa. Se você não for cuidadoso e acabar limpando alguma das chaves contidas no registro, é provável que o Windows não inicialize corretamente, ou seja, fique incapaz de encontrar determinado programa. Para evitar o acionamento acidental de qualquer comando e prevenir eventuais transtornos, desative o acesso ao registro do Windows.
5. Deletar os arquivos Pagefile.sys e Swapfile.sys
A extensão .sys vem de “system” (sistema, em inglês), o que já serve de indicativo para não mexer com arquivos terminados assim. O pagefile.sys é onde o Windows guarda dados quando não há mais espaço na memória RAM. Se o seu computador possuir 2 GB de RAM, por exemplo, e você já tiver esgotado essa capacidade, será para o pagefile.sys que o Windows deslocará os dados sobressalentes. Sem ele, seu computador deve começar a travar quando a memória RAM esgotar.
Com o swapfile.sys é parecido. O arquivo é usado pelo Windows para preservar dados na memória RAM quando o computador entra em hibernação. Sem o swapfile.sys você perderia dados toda vez que voltasse ao PC depois de tê-lo deixado em descanso.
6. Alterar DLLs
Sigla para “Dynamic Link Library” (Biblioteca de Links Dinâmicos, em português), a extensão .DLL aparece em muitos arquivos do Windows. De forma resumida, os itens assinalados com essa extensão fornecem uma série de recursos e instruções ao Windows e a softwares que rodam no seu computador, como uma verdadeira biblioteca dinâmica.
Há DLLs para várias funções, desde as mais simples, como salvar o progresso da edição de um documento no Word, até outras mais complexas, como atualizar softwares sem a necessidade de excluir o programa antes de instalar uma nova versão. Como o sistema do Windows utiliza as DLLs para a maior parte das suas tarefas, alterações nesses arquivos podem gerar problemas no computador. Sabendo disso, tenha cuidado especial com programas crackeados que exigem a substituição de arquivos DLLs originais.
7. Mudar ou customizar extensões de arquivos
As extensões são sufixos que nomeiam o formato do arquivo e também a função que eles desempenham no computador. Desta forma, modificar as extensões pode comprometer diretamente o funcionamento dos arquivos, bem como o software responsável por abri-los. Enquanto ajustes como alterar uma foto com extensão .jpeg para .png não oferecem perigo, existe um comando específico capaz de renomear todos os tipos de arquivo para a extensão que você determinar. O uso da linha de código não é aconselhável, e mesmo em alterações individuais é preciso ter cuidado.
Fonte: Techtudo
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